Indução
Espiritual: A indução espiritual de desencarnado para encarnado se
faz espontaneamente, na maioria das vezes de modo casual, sem premeditação ou
maldade alguma. O espírito vê o paciente, sente-lhe a benéfica aura vital que o
atrai, porque lhe dá sensação de bem estar. Encontrando-se enfermo, porém, ou
em sofrimento, transmite ao encarnado suas angústias e dores, a ponto de
desarmonizá-lo - na medida da intensidade da energia desarmônica de que está
carregado e do tempo de atuação sobre o encarnado.
Em sensitivos sem educação mediúnica, é comum chegarem em casa
esgotados, angustiados ou se queixando de profundo mal-estar. Por ressonância
vibratória, o desencarnado recebe um certo alívio, uma espécie de calor
benéfico que se irradia do corpo vital mas causa no encarnado, o mal-estar de que
este se queixa.
Hábitos perniciosos ou vícios, uma cerveja na padaria, um cigarro a
mais, um passeio no motel, um porno-filme da locadora de vídeo, defender
ardorosamente o time de futebol, manifestação violenta da sua própria opinião pessoal, atraem tais tipos de companhia
espiritual. Algumas brincadeiras tais como as do copo, ou pêndulo, podem atrair
espíritos brincalhões, a princípio, que podem gostar dos participantes e
permanecerem por uma longa estadia.
De qualquer maneira, o encarnado é sempre o maior prejudicado, por
culpa da sua própria invigilância - "orai e vigiai" são as palavras
chaves e o agir conscientemente, é a resposta. A influência exercida pelos desencarnados, em todas as esferas da atividade humana poderá
ser feita de maneira sutil e imperceptível, por exemplo, sugerindo uma única
palavra escrita ou falada que deturpe o significado da mensagem do encarnado de
modo a colocá-lo em situação delicada.
A indução espiritual, embora aparente certa simplicidade, pode evoluir
de maneira drástica, ocasionando repercussões mentais bem mais graves,
simulando até mesmo, uma subjugação espiritual por vingança.
Durante o estado de indução espiritual, existe a transferência da
energia desarmônica do desencarnado para o encarnado, este fato poderá agravar
outros fatos precedentes, como a ressonância vibratória com o passado
angustioso que trazem a desarmonia psíquica para a vida presente, através de
"flashes" ideoplásticos - ideo, do grego idéa =
"aparência"; princípio, idéia. + plast (icos), do grego plásso ou platto
= "modelar"; moldar. Ou ainda "plasmar", no conceito
espírita.).
Em outras palavras: um fato qualquer
na vida presente poderá ativar uma faixa angustiosa de vida passada, tal
vibração, gera a sintonia vibracional que permite a aproximação de um espírito
desencarnado em desarmonia. Esses dois fatos juntos podem gerar situações de
esquizofrenia na vida atual do paciente.
Obsessão
Espiritual: A obsessão é a
ação persistente que um espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta
caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis
sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades
mentais." (Allan Kardec) "É a ação nefasta e continuada de um
espírito sobre outro, independentemente do estado de encarnado ou desencarnado
em que se encontrem" (Dr. José Lacerda).
A obsessão implica sempre ação consciente e volitiva, com objetivo bem
nítido, visando fins e efeitos muito definidos, pelo obsessor que sabe muito
bem o que está fazendo. Esta ação premeditada, planejada e posta em execução,
por vezes, com esmero e sofisticação, constitui a grande causa das enfermidades
psíquicas.
Quando a obsessão se processa por imantação mental, a causa está,
sempre em alguma imperfeição moral da vítima (na encarnação presente ou nas
anteriores), imperfeição que permite a ação influenciadora de espíritos
malfazejos.
A obsessão é a enfermidade do século. Tão grande é o número de casos
rotulados como disfunção cerebral ou psíquica (nos quais, na verdade, ela está
presente) que podemos afirmar: fora às doenças causadas por distúrbios de
natureza orgânica, como traumatismo craniano, infecção, arteriosclerose e alguns
raros casos de ressonância com o Passado (desta vida), TODAS as enfermidades
mentais são de natureza espiritual.
A maioria dos casos é de desencarnados atuando sobre mortais. A
etiologia das obsessões, todavia, é tão complexa quanto profunda, vinculando-se
às dolorosas conseqüências de desvios morais em que encarnado e desencarnado
trilharam caminhos da criminalidade franca ou dissimulada; ambos, portanto,
devendo contas mais ou menos pesadas, por transgressões à grande Lei da Harmonia
Cósmica Passam a se encontrar, por isso, na condição de obsediado e obsessor,
desarmonizados, antagônicos, sofrendo mutuamente os campos vibratórios adversos
que eles próprios criaram.
A maioria das ações perniciosas de espíritos sobre encarnados implica
todo um extenso processo a se desenrolar no Tempo e no Espaço, em que a atuação
odiosa e pertinaz (causa da doença) nada mais é do que um contínuo fluxo de
cobrança de mútuas dívidas, perpetuando o sofrimento de ambos os envolvidos.
Perseguidores de ontem são vítimas hoje, em ajuste de contas interminável, mais
trevoso do que dramático. Ambos, perseguidor e vítima atuais, estão atrasados
na evolução espiritual. Tendo transgredido a Lei da Harmonia Cósmica e não
compreendendo os desígnios da Justiça Divina, avocam a si, nos atos de
vingança, poder e responsabilidade que são de Deus.
Os tipos de ação obsessiva podem acontecer em desencarnado atuando
sobre desencarnado, desencarnado sobre encarnado, encarnado sobre desencarnado,
encarnado sobre encarnado ou ainda obsessão recíproca, esses dois últimos,
estudados sob o título de Pseudo-Obsessão.
Pseudo-Obsessão: É a atuação do encarnado sobre o
encarnado ou a obsessão recíproca. Todos nós conhecemos criaturas dominadoras,
prepotentes e egoístas, que comandam toda uma família, obrigando todos a
fazerem exclusivamente o que elas querem. Tão pertinaz (e ao mesmo tempo
descabida) pode se tornar esta ação, que, sucedendo a morte do déspota, todas
as vítimas de sua convivência às vezes chegam a respirar, aliviadas. No
entanto, o processo obsessivo há de continuar, pois a perda do corpo físico não
transforma o obsessor.
Este tipo de ação nefasta é mais comum entre encarnados, embora possa
haver pseudo-obsessão entre desencarnados e encarnados. Trata-se de ação
perturbadora em que o espírito agente não deseja deliberadamente, prejudicar o
ser visado. É conseqüência da ação egoísta de uma criatura que faz de outra o
objeto dos seus cuidados e a deseja ardentemente para si própria como
propriedade sua.
Exige que a outra obedeça cegamente às suas ordens desejando
protegê-la, guiá-la e, com tais coerções, impede-a de se relacionar saudável e
normalmente com seus semelhantes. Acreditamos que o fenômeno não deve ser
considerado obsessão propriamente dita. O agente não tem intuito de prejudicar
o paciente. Acontece que, embora os motivos possam até ser nobres, a atuação resulta
prejudicial; com o tempo, poderá transformar-se em verdadeira obsessão.
A pseudo-obsessão é muito comum em pessoas de personalidade forte, egoístas,
dominadoras, que muitas vezes, sujeitam a família à sua vontade tirânica. Ela
aparece nas relações de casais, quando um dos cônjuges tenta exercer domínio
absoluto sobre o outro. Caso clássico, por exemplo, é o do ciumento que cerceia
de tal modo a liberdade do ser amado que, cego a tudo, termina por prejudicá-lo
seriamente. Nesses casos, conforme a intensidade e continuidade do processo,
pode se instalar a obsessão simples (obsessão de encarnado sobre encarnado).
O que dizer do filho mimado que chora, bate o pé, joga-se ao chão, até
que consegue que o pai ou a mãe lhe dê o que quer ou lhe "sente a
mão". Qualquer das duas reações faz com que o pequeno e "inocente" vampiro, absorva as energias do oponente. O que
pensar do chefe déspota, no escritório? E dos desaforos: "eu faço a
comida, mas eu cuspo dentro". E que tal a mulher dengosa que consegue tudo
o que quer? Quais são os limites prováveis?
Enquanto
o relacionamento entre encarnados aparenta ter momentos de trégua enquanto
dormem, o elemento dominador pode desprender-se do corpo e sugar as energias
vitais do corpo físico do outro.
Após o desencarne, o elemento dominador poderá continuar a
"proteger" as suas relações, a agravante agora é que o assédio
torna-se maior ainda, pois o desencarnado não necessita cuidar das obrigações básicas
que tem como encarnado, tais como: comer, dormir, trabalhar, etc. O obsediado
poderá reagir as ações do obsessor criando condições para a obsessão recíproca.
Quando a vítima tem condições mentais, esboça defesa ativa: procura agredir o
agressor na mesma proporção em que é agredida. Estabelece-se, assim, círculo
vicioso de imantação por ódio mútuo, difícil de ser anulado.
Em menor ou maior intensidade, essas agressões recíprocas aparecem em
quase todos os tipos de obsessão; são eventuais (sem características que as
tornem perenes), surgindo conforme circunstâncias e fases existenciais, podendo
ser concomitantes a determinados acontecimentos. Apesar de apresentarem, às
vezes, intensa imantação negativa, esses processos de mútua influência
constituem obsessão simples, tendo um único obsessor.
Quando a obsessão recíproca acontece entre desencarnado e encarnado é
porque o encarnado tem personalidade muito forte, grande força mental e muita
coragem, pois enfrenta o espírito em condições de igualdade. No estado de
vigília, a pessoa viva normalmente não sabe o drama que esta vivendo. É durante
o sono – e desdobrada – que passa a ter condições de enfrentar e agredir o
contendor.
Em conclusão a esses tipos de relacionamentos interpessoais, aparenta
que o ser humano deixou de absorver as energias cósmicas ou divinas, por seu
próprio erro, desligando-se do Divino e busca desde então, exercer o
"poder" sobre o seu semelhante para assim, vampirizar e absorver as
suas energias vitais.
De que maneira podemos nos "religar" e absorver as energias
divinas, depois de tantas vidas procedendo erroneamente? Talvez a resposta
esteja no "ORAI E VIGIAI", de maneira constante e persistente, sem
descanso, sem tréguas, buscando o equilíbrio de ações, pensamentos e plena consciência
dos seus atos, pois talvez ainda, o maior culpado deste errôneo proceder seja
de quem se deixa dominar, vampirizar ou chantagear.
Simbiose: Por simbiose
entende-se a duradoura associação biológica de seres vivos, harmônica e às
vezes necessária, com benefícios recíprocos. A simbiose espiritual obedece ao
mesmo princípio. Na Biologia, o caráter harmônico e necessário deriva das
necessidades complementares que possuem as espécies que realizam tais
associações que primitivamente foi parasitismo. Com o tempo, a relação evoluiu
e se disciplinou biologicamente: o parasitado, também ele, começou a tirar
proveito da relação. Existe simbiose entre espíritos como entre encarnados e
desencarnados. É comum se ver associações de espíritos junto a médiuns,
atendendo aos seus menores chamados. Em troca, porém recebem do médium as
energias vitais de que carecem. Embora os médiuns às vezes nem suspeitem, seus
"associados" espirituais são espíritos inferiores que se juntam aos
homens para parasitá-los ou fazer simbiose com eles.
Parasitismo: Em Biologia, "parasitismo é o
fenômeno pelo qual um ser vivo extrai direta e necessariamente de outro ser
vivo (denominado hospedeiro) os materiais indispensáveis para a formação e
construção de seu próprio protoplasma.". O hospedeiro sofre as
conseqüências do parasitismo em graus variáveis, podendo até morrer. Haja vista
o caso da figueira, que cresce como uma planta parasita, e à medida que cresce,
sufoca completamente a planta hospedeira a ponto de secá-la completamente.
Parasitismo espiritual implica - sempre - viciação do parasita. O
fenômeno não encontra respaldo ou origem nas tendências naturais da Espécie
humana. Pelo contrário, cada indivíduo sempre tem condições de viver por suas
próprias forças. Não há compulsão natural à sucção de energias alheias. É a
viciação que faz com que muitos humanos, habituados durante muito tempo a viver
da exploração, exacerbem esta condição anômala, quando desencarnados.
Tanto quanto o parasitismo entre seres vivos, o espiritual é vício
muitíssimo difundido. Casos há em que o parasita não tem consciência do que
faz; às vezes, nem sabe que já desencarnou. Outros espíritos, vivendo vida
apenas vegetativa, parasitam um mortal sem que tenham a mínima noção do que
fazem; não tem idéias, são enfermos desencarnados em dolorosas situações. Neste
parasitismo inconsciente se enquadra a maioria dos casos.
Há também os parasitas que são colocados por obsessores para
enfraquecerem os encarnados. Casos que aparecem em obsessões complexas,
sobretudos quando o paciente se apresenta anormalmente debilitado.
O primeiro passo do tratamento consiste na separação do parasita do
hospedeiro. Cuida-se do espírito, tratando-o, elementos valiosos podem surgir,
facilitando a cura do paciente encarnado. Por fim, trata-se de energizar o
hospedeiro, indicando-lhe condições e procedimentos profiláticos.
Vampirismo: A diferença entre o vampirismo e o
parasitismo está na intensidade da ação nefasta do vampirismo, determinada pela
consciência e crueldade com que é praticada. Tem, portanto, a intenção.
Vampirizam porque querem e sabem o que querem. André Luiz nos informa:
"Sem nos referirmos aos morcegos sugadores, o vampiro, entre os homens é o
fantasma dos mortos, que se retira do sepulcro, alta noite, para alimentar-se
do sangue dos vivos. Não sei quem é o autor de semelhante definição, mas, no fundo, não está errada.
Apenas, cumpre considerar que, entre nós, vampiro é toda entidade
ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando
de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem
aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo
de carne dos homens." ("Missionários da Luz", Cap.
"Vampirismo").
Há todo um leque de vampiros, em que se encontram criaturas encarnadas
e desencarnadas. Todos os espíritos inferiores, ociosos e primários, podem
vampirizar ou parasitar mortos e vivos. Um paciente, pela descrição, era
portador de distrofia muscular degenerativa, estava de tal modo ligado ao
espírito vampirizante que se fundiam totalmente, os cordões dos corpos astrais
estavam emaranhados, o espírito tinha tanto amor pelo paciente que acabou por
odiá-lo profundamente, desejando a sua morte, e assim sugava suas energias.
Fonte: SBA/SOCIEDADE BRASILEIRA DE APOMETRIA
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