O corpo plasmático "plasmável", permite a um
espírito assumir "conscientemente" as mais variadas aparências, ou
inconscientemente ser induzido a se prender numa aparência em nada parecida com
a humana. No Astral Negativo é muito comum encontrarmos espíritos devedores da
Lei Maior ocultados em aparências "bestiais" de animais, como cães,
cobras, morcegos, etc., ou então prisioneiros delas! O Astral Negativo, são as
trevas mais densas, onde verdadeiros "reinos", há muito lá formados,
acolhem espíritos de criminosos, homicidas, suicidas, infanticidas, genocidas,
blasfemos, apóstatas, governantes inescrupulosos, traficantes, escravagistas,
policiais assassinos, juízes ímprobos, advogados corruptores da lei, religiosos
indignos, etc. ... Neste meio, impera a lei do mais forte, do mais cruel.
O reverso desse lado, é o lado positivo, onde os espíritos assumem
aparências luminosas, coloridas e irradiantes, devido à vivenciação de nobres e
virtuosos sentimentos religiosos, fraternais, de sapiência, etc.. Eles também
podem recorrer às aparências que possuíram em outras encarnações, plasmando-as
após despertá-las de suas memórias ancestrais.
“Enquanto encarnado, o espírito absorve o tempo todo,
irradiações energéticas do lado espiritual da vida, quando desencarnado, o
inverso ocorre e ele fica sujeito as irradiações energéticas do lado material.”
Antes de um ser natural adentrar no ciclo reencarnacionista, é
preciso que passe por um processo preparatório conhecido como
"cristalizador". Essa cristalização é realizada em câmaras
cristalinas muito especiais, semelhantes a gigantescas colméias, onde cada ser
ocupará um módulo cristalino captador de energias provenientes dos planos
matéria-espírito, da dimensão vegetal, ígnea, aquática, aérea, terrena, mineral
e cristalina, que inundarão o interior do módulo com energias as mais diversas
possíveis. O mental do ser, ligado ao mental planetário, responsável pelo ciclo
humano da evolução, é dotado de um magnetismo de padrão humano, e começa a
absorver as energias oriundas de diversas dimensões. Após
"processá-las" em seu interior (dentro do mental), dota seu corpo
energético de um campo magnético que captará uniformemente as energias e dará
início à formação do revestimento plasmático, que no espírito humano chamamos
de corpo plasmático (corpo astral).
Uns o chamam com outros nomes, mas nós o chamamos assim por
entendermos que esse revestimento é a cristalização de diferentes energias
amalgamadas, cada uma numa certa quantidade, formando um envoltório que irá
sustentar o corpo energético durante todo o ciclo reencarnacionista (corpo
energético é o corpo etérico). Esse corpo (envoltório) plasmático,
sofrerá alterações, pois muitas aparências o ser terá, uma vez que numa
encarnação será branco, noutra poderá ser um negro, ou um amarelo, ou um
vermelho, etc.
O corpo plasmático cristalizado dentro dos módulos cristalinos tem
por função isolar o corpo energético e protegê-lo, impedindo que energias não
afins, penetrem ou sejam absorvidas, incorporando-se ao todo energético do
ser... onde o incomodariam e o desestabilizariam (O corpo astral, em seu
envoltório mais externo, constituiria a tela búdica, que protege o corpo
etérico). Esse corpo plasmático envolve todo o ser energia e o torna um
ser espiritual, possibilitando-lhe, quando for encarnar, que seja reduzido ao
tamanho de um feto dentro do ventre materno. À medida que o corpo carnal for
crescendo, o corpo plasmático o acompanhará. Ele o estará revestindo junto à
epiderme, crescendo também.
E quando o ser desencarnar, no corpo plasmático ou
"espiritual" estarão impressas todas as suas características
"pessoais". Nem uma ruga deixará de ser visível. Uma mancha na pele
(pintas, verrugas, cicatrizes, etc.) ali, no corpo plasmático, estará presente.
A aparência que o ser possuía quando encarnado, irá ostentar após o desencarne.
Esse corpo também estará apto a "expressar" todos os sentimentos do
ser, e caso uma doença infecciosa tenha sido a causa do desencarne, então
poderemos ver no corpo plasmático ou astral, a "causa mortis". Se a
causa foi um tiro, facada ou acidente violento, nele estará visível. Se foi uma
morte "natural", o corpo não apresentará lesões visíveis. Também pode
ocorrer deformações nesse corpo plasmático, caso o ser seja portador de doenças
psíquicas.
As doenças psíquicas canalizam as energias geradas através da
vivenciação de sentimentos desequilibradores, que tanto podem atrofiar quanto
deformar os "’órgãos" dos sentidos do corpo energético. E isso altera
o interior dele (íntimo) e deixa visível, através do corpo plasmático, que o
ser sofre de perturbações psíquicas. Tudo é possível porque o corpo plasmático
ou espiritual é a aparência "externa" do ser, assim como, é uma tela
refletora do seu "interior".
No plano material, porque o corpo físico não é plasmável, um ser
pode alimentar certos vícios (ódio, inveja, ambição, volúpia, etc.), e tudo
estará oculto. Mas assim que desencarnar, esses sentimentos negativos
"explodirão" com intensidade e o deformarão, deixando visível as suas
viciações, não mais ocultáveis. O corpo plasmático ou espiritual do ser, mostra
o que vibra em seu íntimo (pensamentos ou sentimentos). Até aqui, mostramos o
lado negativo. Mas quando o ser é virtuoso, o corpo plasmático ou espiritual
também é tela refletora de seu íntimo, pensamentos e sentimentos. O aura do ser
torna-se irradiante, luminescente e colorido, pois cada sentimento irradiado
possui uma cor que o distingue de outros sentimentos virtuosos.
Nos sentimentos negativos, o aura não é irradiante mas sim
concentrador, e sua cor (tonalidade) é monocromática (cinza, preto, mostarda,
rubro, etc.), mostrando-se em acordo com o sentimento negativo que o ser
vivencia naquele instante de sua vida. Não vamos inventariar sentimentos ou
tonalidades positivas ou negativas. Apenas desejamos deixar claro que a tela
refletora, o aura, está intimamente ligada aos sentimentos (emocional) e ao
mental (corpo plasmático).
A tonalidade determina se o sentimento é positivo ou negativo, e
qual a sua intensidade. Já a aparência, mostra o estado em que se encontra o
mental (se positivo ou negativo) e o estado do corpo energético ao qual ele reveste
externa e internamente. Esse corpo plasmático pode sofrer deformações
acentuadas, mas caso o ser venha a ter suas faculdades mentais (psique)
reequilibradas, ele (o corpo plasmático) também será regenerado, e deixará de
ostentar o que o ser já não vivencia em seu íntimo. É por isso que pessoas que
desencarnam em idades avançadas, mas com a psique equilibrada, com pouco tempo
no lado espiritual já começam a rejuvenescer sem que se apercebam. Os
sentimentos que vibram as predispõe a externarem a beleza interior (nobreza,
virtuosismo).
O inverso também ocorre, e acontece de pessoas jovens no plano
material assumirem aparências de anciões porque sentiam-se velhas, cansadas ou
incapazes de vivenciar a vida com "jovialidade". O plasma que forma o
corpo plasmático ou espiritual só é formado dentro dos módulos cristalinos,
localizados nos domínios dos senhores orixás responsáveis pela evolução
natural, e também pelo ciclo reencarnacionista da evolução: o estágio humano.
Todos seguimos estágios bem definidos, nos quais evoluímos e vamos
incorporando qualidades e atributos que em nós, os seres espiritualizados,
culminam com nosso ciclo reencarnacionista, onde nossa consciência humana será
despertada em todos os sentidos (fé, amor, razão, conhecimento, etc.). E só
quando o arco-íris sagrado estiver irradiante (visível) em nossa coroa de luz,
é que estaremos aptos a adentrarmos no estágio seguinte da evolução, pois aí já
não seremos seres espirituais, mas sim, seres "angelicais".
Extraído de: As
Sete Linhas da Umbanda /Psicografia de Rubens Saraceni,
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