Segundo o Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa, vibrião é a designação comum às bactérias móveis em forma de
bastonetes. E larva vem do latim larvae que significa máscara, boneco,
espantalho, demônio, espectro que se apodera das pessoas. Entre os antigos
romanos, a palavra larva designava o espectro ou fantasma de pessoa que teve
morte violenta ou de criminoso, que se supunha vagar entre os vivos para
atormentá-los.
Já em zoologia, passou a designar o estágio imaturo,
pós-embrionário, de um animal, quando este difere sensivelmente do adulto,
como os insetos, por exemplo, porque, neste estágio, o animal estaria
"mascarado", disfarçado. Como vemos, portanto, são também chamadas
vibriões astrais, as larvas mentais, larvas espirituais, larvas fluídicas,
larvas energéticas, vermes astrais, vibriões mentais, bacilos psíquicos,
larvas psíquicas, etc.
Como vemos, portanto, larvas astrais ou vibriões
psíquicos são formas-pensamento semelhantes a micróbios físicos, criados pela
viciação mental e/ou emocional da consciência, em atitudes, pensamentos e
sentimentos desequilibrados. Vejamos algumas descrições de André Luiz no
capítulo 3 do livro Missionários da Luz, ao examinar mais de perto alguns
candidatos ao desenvolvimento mediúnico:
"Fiquei estupefato. As glândulas geradoras
emitiam fraquíssima luminosidade que parecia abafada por aluviões de
corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa mobilidade. Começavam a
movimentação sob a bexiga urinária e vibraram ao longo de todo o cordão
espermático, formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata,
nas mucosas uretrais, invadiam os canais seminíferos e lutavam com as células
sexuais, aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas feras microscópicas
situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da
vida orgânica. Estava assombrado. ... Seriam expressões mal conhecidas da
sífilis?"
Ao que o instrutor Alexandre responde:
"-
Não, André. Não temos sob os olhos o espiroqueta de Schaudinn, nem qualquer
nova forma suscetível de análise material por bacteriologistas humanos. São
bacilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela sede febril de prazeres
inferiores. O dicionário médico do mundo não os conhece e, na ausência de
terminologia adequada aos seus conhecimentos, chamemos-lhes larvas,
simplesmente. Têm sido cultivados por este companheiro, não só pela
incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências
sexuais variadas, senão também pelo contato com entidades grosseiras que se
afinam com as predileções dele, entidades que o visitam com freqüência, à
maneira de imperceptíveis vampiros."
Observando outro candidato habituado a ingerir
álcool em excesso, André Luiz nos dá a seguinte descrição: "Espantava-me
o fígado enorme. Pequeninas figuras horripilantes postavam-se, vorazes, ao
longo da veia porta, lutando desesperadamente com os elementos sangüíneos
mais novos. Toda a estrutura do órgão se mantinha alterada."
Ainda no mesmo capítulo ele examina também uma
mulher com distúrbios alimentares e diz: "Em grande zona do ventre
superlotado de alimentação, viam-se muitos parasitos conhecidos mas, além
deles, divisava outros corpúsculos semelhantes a lesmas voracíssimas que se
agrupavam em grandes colônias, desde os músculos e as fibras do estômago até
a válvula ileocecal. Semelhantes parasitos atacavam os sucos nutritivos com
assombroso potencial de destruição."
Para entender como surgem as larvas astrais vamos
continuar com o que diz o instrutor Alexandre a André Luiz, no capítulo 4 do
livro Missionários da Luz: "Você não ignora que, no círculo das
enfermidades terrestres, cada espécie de micróbio tem o seu ambiente
preferido. ... Acredita você que semelhantes formações microscópicas se
circunscrevem à carne transitória? Não sabe que o macrocosmo está repleto de
surpresas em suas formas variadas? No campo infinitesimal, as revelações
obedecem à mesma ordem surpreendente. André, meu amigo, as doenças psíquicas
são muito mais deploráveis.
A patogênese da alma está dividida em quadros
dolorosos. A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de
vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida
íntima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça. A organização
fisiológica, segundo conhecemos no campo das cogitações terrestres, não vai
além do vaso de barro, dentro do molde preexistente do corpo espiritual.
Atingido o molde em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o
vaso refletirá imediatamente."
Ainda no mesmo capítulo, Alexandre continua:
"Primeiramente a semeadura, depois a colheita; ... Não tenha dúvida. Nas
moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção
existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações,
os pensamentos dão origem a formas e conseqüências de infinitas expressões.
E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, cada um de nós
é responsável pela emissão das forças que lança em circulação nas coerentes
da vida. A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a
perigosos germens psíquicos na esfera da alma.
E, qual acontece no terreno
das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que a
imprevidência ou a necessidade de luta estabeleça ambiente propício, entre
companheiros do mesmo nível. ... Cada viciação particular da personalidade
produz as formas sombrias que lhe são conseqüentes, e estas, como as plantas
inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são
extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e
defesa."
Como vemos, as larvas astrais surgem dos excessos
e desequilíbrios físicos, emocionais e espirituais de toda sorte, pela
repetição contínua de uma mesma conduta, física e/ ou mental, o que causa o
acúmulo de energias mais densas em determinadas regiões do organismo, as
quais se organizam na forma de colônias de microorganismos astrais.
As conseqüências são as mais variadas, podendo ir
desde problemas físicos, graves ou não, até perturbações espirituais que, se
não combatidas a tempo, podem se transformar em sérios distúrbios psíquicos,
acarretando sérias complicações para o encarnado, nesta vida e nas próximas.
Larvas astrais são bastante "aderentes" e se multiplicam com muita
facilidade, bastando, para isso, que se lhes ofereçam as mínimas condições
mentais e energéticas.
Dependendo da extensão do problema, serão
necessárias muitas aplicações energéticas para limpeza, desinfecção e
re-harmonização da região afetada, o que pode exigir a atuação de vários
aplicadores, em várias sessões, para que estas colônias sejam enfraquecidas e
não possam mais se expandir, vindo a desaparecer. Mas, como em qualquer
tratamento físico, a colaboração do "paciente" é imprescindível,
uma vez que estas larvas são criadas e alimentadas pelas energias geradas
pelos seus próprios pensamentos e sentimentos. Assim, além das aplicações
energéticas, é necessário que se oriente e conscientize a pessoa sobre como e
porque mudar os seus hábitos mentais e as suas atitudes, garantindo que ela
mesma não mais oferecerá condições para que estas larvas se instalem e
espalhem.
Se larvas astrais são criações mentais, geradas a
partir de pensamentos e sentimentos desequilibrados, a prevenção se faz,
também aqui, pelo equilíbrio e o controle do que pensamos e sentimos. Não há
outro meio. Como já dito muitas vezes, sintonia é a "alma" do
universo. Tudo funciona segundo as suas leis e só viveremos com aquilo que
nós mesmos criarmos ou atrairmos a partir do que geramos dentro de nós.
Ovóides
Parasitas ovóides são, como diz o Dr. Ricardo Di
Bernardi, "espíritos humanos que, pela manutenção de uma idéia fixa e
doentia (monoideísmo), acabam estabelecendo uma vibração de baixa freqüência
e comprimento de onda longo que, com o passar do tempo, produz uma deformação
progressiva no seu CORPO ESPIRITUAL."
Ovóides são, portanto, espíritos em estado de
perturbação tão profundo que perderam a consciência de sua natureza humana,
perdendo também a forma humana de seu PERISPÍRITO.
Portanto, não perdem o perispírito, não se
manifestam apenas em corpo mental, mas estão com o perispírito ou corpo
espiritual ou psicossoma tão deformado que este não tem mais a forma humana,
apenas uma forma ovalada.
Di Bernardi diz ainda que "trata-se de um
monoideísmo auto-hipnotizante. Ele vibra de forma contínua e constante, de
maneira desequilibrada, gerando uma energia que gira sempre de maneira igual
e repetida pelo mesmo pensamento desequilibrado. Ao vibrar repetidamente na
mesma freqüência e em desequilíbrio com a Lei Cósmica Universal, gera este
circuito arredondado que o vai deformando e tornando-o ovóide."
Assim, a insistência do espírito em, por
auto-hipnose, reviver pensamentos e sentimentos negativos, geralmente de
apego, remorso e vingança, faz com que perca a noção de tempo e espaço,
fazendo com que se deforme, aos poucos, atrofiando, por falta de função, os
órgãos do psicossoma, assumindo a forma do círculo vicioso em que vive
mentalmente.
Quando uma pessoa entra em estado vegetativo com
o seu corpo físico, não tem mais a capacidade de se manifestar com ele, mas
não o perde, o corpo continua vivo, embora inerte. No caso do ovóide e do
psicossoma é a mesma coisa. Por isso, não podemos falar em segunda morte,
como querem alguns, assim como o estado vegetativo do corpo físico ainda não
é a primeira morte, embora possa estar em vias de ser. Ou seja, o perispírito
entra numa espécie de estado vegetativo, mas não se desintegra ou desaparece.
O ovóide não o perde. É justamente o perispírito, aliás, que fica ovalado.
Ainda segundo Di Bernardi, este processo de
"ovoidização" ocorre porque o "psicossoma também é composto de
moléculas, tal como o corpo físico. Por analogia, imaginemos as moléculas do
corpo astral como as moléculas dos gases: elas são maleáveis e se modificam
ao sabor da pressão, da temperatura e até do recipiente que as contém. As
moléculas do perispírito são moldáveis pelo pensamento e pelo sentimento;
tomam formas de acordo com a vibração do espírito. Assim, se tornam
brilhantes, opacas, densas ou leves."
Quando esses ovóides se ligam a uma consciência,
encarnada ou desencarnada, em especial, fica caracterizado, então, o processo
obsessivo por parasita ovóide. Neste caso, a massa fluídica em que se
transformou o perispírito do desencarnado, envolve sutilmente o seu alvo e,
depois, liga-se ou cola-se ao seu corpo, físico ou astral, distorcendo-lhe
idéias, pensamentos, opiniões e atitudes. O ovóide só é incapaz de manipular
energias, locomover-se e interagir CONSCIENTEMENTE, de livre e espontânea
vontade, mas pode fazê-lo no automático, pelo instinto, atraído pela
sintonia. E para isso, precisa do psicossoma, ainda que em estado precário,
assim como mantemos funções básicas automáticas como respirar, urinar e
defecar, mesmo em estado vegetativo do corpo físico.
O ovóide pode chegar à aura de alguém somente
pela atração que essa pessoa exerce sobre ele. Nada mais é necessário como
ponte. Basta a sintonia entre os dois. Como ímãs. Além da influência
psicológica, os parasitas ovóides agem também drenando energias do obsidiado,
podendo levá-lo até ao desencarne, caso seja encarnado.
É importante notar, no entanto, que como em
qualquer processo obsessivo a ligação do parasita ovóide com a sua
"vítima" nunca acontece sem a anuência ou permissão da própria
vítima, ainda que inconsciente, pelo hábito de cultivar pensamentos de
remorso, ódio, egoísmo, desejo de vingança, apego excessivo a coisas e
pessoas, etc.
Os ovóides também podem ser hipnotizados por
outras consciências e não só auto-hipnotizados, infelizmente. Existem
espíritos que têm profundos conhecimentos de hipnose e usam esse conhecimento
para manipular a mente de outros desencarnados, transformando-os em ovóides e
alojando-os na aura ou no perispírito de encarnados que querem prejudicar.
Isso, infelizmente, é mais comum do que se pensa.
As citações do Dr. Di Bernardi podem ser
encontradas no site A Jornada e mais sobre ovóides pode ser lido nos
seguintes livros de André Luiz: Nosso Lar, capítulo 31; Evolução em Dois
Mundos, Parte I, capítulo 14.
Quanto aos ovóides que alguns chamam de
benéficos, creio que não poderíamos chamá-los "ovóides", pois não
são espíritos que estejam sofrendo de monoideísmo mas, aí sim, provavelmente,
espíritos num grau tal de evolução e luz que se manifestam sem o perispírito,
exclusivamente com seu corpo mental, o qual não tem forma humana e se
apresenta para nós, que estamos limitados pela percepção tridimensional, como
bolas de luz, dando a impressão de que seriam ovóides luminosos.
Nesse caso, eles não estão confinados a um
círculo vicioso por terem se auto-hipnotizado numa única idéia. É justamente
o contrário. Eles expandiram tanto os seus horizontes espirituais que
prescindem da forma humana e do perispírito para se manifestarem e se
apresentam apenas em seu corpo mental.
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Por: Maísa Intelisano
Muito obrigada. Excelente fonte de estudo e pesquisa para nós que estudamos.
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